Apresentação

ARRIMO é destinado a auxiliar poetas iniciantes ou não, na arte de versejar.  Nessa segunda edição define 47.184 rimas contra 41.190 da primeira edição.

            Embora seja elemento secundário e até mesmo, dispensável, a rima empresta harmonia e enlevo a quem compõe, lê, declama ou escuta poesia. O poeta pode avaliar a possibilidade de rimar conforme o sotaque da região brasileira em que vive, no tocante a rimas preciosas ou exóticas. Incluimos não só palavras homógrafas, como também as homófonas.

No pré-texto, incluímos breve exposição sobre Rimas e Versos.

A partir das terminações tônicas iniciadas por vogais, começam os vocábulos: sejam adjetivos, substantivos simples ou compostos, locuções adverbiais, expressões idiomáticas e verbos flexionados, que se combinam. As rimas imperfeitas vêm em seguida às outras. Os parágrafos não recebem ponto final e sim, vírgula, para que cada um possa adicionar suas próprias rimas que, ocasionalmente, tenham sido omitidas, e assim, personalizar o dicionário, tendo em vista o extraordinário número de verbetes de nosso idioma.

Não há um padrão técnico nem escolas que ensinem a “fazer” dicionário, então, seguimos a regra geral, usual, embora tenha sido facilitada, inovada e ampliada a busca por rimas, ao introduzirmos verbos já conjugados e expressões idiomáticas.

 

Lexicografia é a arte de fazer e organizar um dicionário.

 

A língua portuguesa constitui-se de aproximadamente quatrocentas mil palavras; entretanto, para uma comunicação oral ou uma escrita de qualidade, não é necessário conhecer tudo isso, conforme avaliação da Enciclopédia Barsa, no livro Manual de Redação.

O texto de ortografia unificada de língua portuguesa, estudado desde 1986 ( por Nélida Piñon e Antonio Houaiss, pelo Brasil), aprovado e assinado em Lisboa, 16 de Dezembro de 1990     (cf. Dic. Michaelis), pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com a adesão da delegação de observadores da Galiza, constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional, embora não tenha eliminado todas as diferenças. 

Oito países fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, acrescentando-se Timor Leste aos já descritos.

No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54 de 18 de Abril de 1995.  Refere-se essencialmente à língua escrita.  Começou a vigorar em 2009, com obrigação da prática em 2012,  Nota: O prazo para a adoção definitiva do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi prorrogado para o dia 31 de dezembro de 2015. A determinação consta do Decreto Nº 7.875/12, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 28 de dezembro de 2012.

 Pela nova orientação, até final de 2015, coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida..

Que ARRIMO possa cumprir seu agradável destino no estafante, mas delicioso afã

de dar melodia ao trabalho literário poético.

A

á-- abadá, abará, acolá, alvará, agá (= H), ah!, aiatolá, Alá, aliá (= elefanta), angorá, ao-deus-dará, bacará (= cristal / jogo), babá, babalorixá (= ialorixá), bafafá, bah!, baobá, bê-á-bá (= beabá [FTD]), blablablá, boá (= estola de plumas), boi-bumbá, cá, cará, carcará, casbá (= fortificação de cidade árabe, como um labirinto), catatuá (= caipira), chá, chá-chá-chá, chega pra lá, chuá, coisa-má, deus-dará, eledá (= guia) está, fuá (= fuxico), gagá, gambá, grená, guaiá (= chocalho), guaraná, há, iaiá, jabá, jacarandá, jatobá, lá, má, mafuá (= feira popular), maná, manacá, marabá (= mestiço francês c/ índia), maracá (= chocalho), maracujá, marajá, mungunzá, mustafá, olá, orixá, pá, panapaná (= borboletas em revoada = panapanã), patuá, paxá, piá (= moleque), picuá, pirajá (= chuva rápida e súbita), piruá (= sobra de pipoca), puçá, quá-quá-quá, quiçá, rajá (= príncipe indiano), sabiá, samburá, saravá, sinhá, sofá, tafetá, tamanduá, vá, vavavá, vatapá, xará,             

          (+ verbos no Futuro do Indicativo, 1ª conj. pág. 38; 2ª conj., pág. 75; 3ª conj., pág. 108; verbo pôr e derivados, pág. 136: amará, andará, cantará, partirá, porá, recusará, rezará, venderá, etc.),  

ã--an-- afã, afegã, aldeã, aldebarã (= estrela de 1ª grandeza), alemã, amanhã, anã, anciã, anfitriã, antemanhã (= o alvorecer), artesã, avelã, bambambã, barman, bon vivant, cã, cã-cã (= bailarina), café da manhã, campeã, cancã, cardigã (= casaco), carimã (= bolo de mandioca), castelã, catamarã (= embarcação), chã, charlatã, cidadã, clã, cortesã, cristã, cunhantã, divã, dom-juan (= dom-joão), elã, eletroimã (= eletrimã), entremanhã, ermitã, escrivã, espiã, fã, flã, folgazã, fuã (= fulana), galã, guardiã, harmatã (= vento nordeste, seco e poeirento, na África), homem-rã, hortelã, irmã, islã, jaçanã (= uma ave), lã, leviatã (= monstro), louçã, malsã, mamã, manhã, maracanã (= uma ave), marzipã, meia-irmã, muiraquitã (= miuraquitan), ombrã (= cesto usado por índios), ombudsman, pã, pagã, peã (= canto de guerra), poncã, prima-irmã, quipã (= quipá = coceira), rã, raglã, ramadã (= mês do jejum judaico), rataplã, rechã (= planalto), rolimã, romã, sã, sabichã, sacristã, satã, sedan (= sedã), sutiã, talismã, tantã, Tarzã (= Tarzan), tecelã, telha-vã, temporã, terçã, titã, tobogã, vã, vilã, volovã (= pastelão de massa folhada), xamã (= médico feiticeiro),

aba-- aba, acaba, baba, beterraba, braba, caaba (= pedra sagrada muçulmana, Kaabah), desaba, desbaba, desencaba, desenxaba (= fica sem sabor), desgaba, diaba, emboaba, encaba, gaba, goiaba, jabuticaba, menoscaba (= deprecia), monossilaba, morubixaba (= cacique), silaba, taba, 

abe--abi-- abe, acabe, babe, cabe, catabi (= acidente de terreno que provoca solavanco), desabe, desbabe, desenxabe, desgabe, dessabe, FAB (= Força Aérea Brasileira), gabe, menoscabe (= deprecie), ressabe (= sabe muito), sabe, silabe,

ábia-- Arábia, lábia, rábia (= raiva), sábia,

ábica-(o)--antirrábica, arábica, bissilábica, dissilábica, eneassilábica, estrábica, imparissilábica, isossilábica, monossilábica, octossilábica, polissilábica, rábica, silábica, tetrassilábica, trissilábica,

ábida-(o)--rábida (= raivosa), tábida (= podre),

ábil--ábio--alfarrábio, astrolábio, contábil, eclábio (= sem lábio), hábil, inábil, lábil (= instável), lábio, ressábio (= mau sabor), sábio, semissábio,

ábito-- desábito, hábito,

abo-- abo (= ponho abas), acabo, arranca-rabo, babo, brabo, cabo, desabo, desbabo, desencabo, desenxabo, desgabo, diabo, encabo, enrabo (= sigo de perto), estrela de rabo (= cometa), gabo, lavabo, menoscabo, monossilabo, nababo, nabo, pobre-diabo, quiabo, rabo, silabo,

ábola-- anábola (= assimilação), parábola,

abra-- abra, abracadabra, cabra, chupa-cabra, desabra (= irrite-se), macabra, pé-de-cabra (espécie de planta), pé de cabra (= ferramenta), reabra,

abre-- abre, calabre (= corda grossa), cinabre (= minério de mercúrio), condestabre (= condestável), desabre, jabre (= buraco), reabre, sabre (= espada curta), zinabre (= azinhavre),

abro-- abro, cabro (= bode), candelabro, desabro, descalabro, diabro, escabro (= áspero), fabro (= operário), glabro (= sem pelos), labro (= lábio dos mamíferos), macabro, reabro, volutabro (= torpeza),

ábula-- cábula (= estudante gazeteiro), fábula, pábula, rábula (= advogado inculto), tábula (= peça redonda, de jogo),                      (Veja ÁBOLA, acima, que também rima com ÁBULA)

ábulo-- acetábulo (= cavidade em forma de taça), conciliábulo (= concílio de heréticos), contrarretábulo, estábulo, pábulo (= pasto / indivíduo presunçoso), retábulo (= enfeite atrás do altar), tintinábulo (= sineta), vocábulo,