Livro

PROVAI E VEDE
COMO O
SENHOR É BOM!


LÓLA PRATA
3a. edição ampliada - 2002


Narro, nesse livro, testemunhos de experiências pessoais com Deus.  Muita gente me contava as graças e manifestações de bondade de nosso Deus e eu, encantada com tanta delicadeza divina, escrevi os acontecimentos. Todos os
casos são reais.
Mereceu um honroso 2o. lugar no 8o. Concurso Nacional de Obras Publicadas, promovido pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço, MG, 1997.
Capa do artista Sérgio Prata, digitado por mim; foi um intenso aprendizado e luta com a digitação e composição, mas todo esse esforço barateou a edição do livro.  Este não é vendido.  Se quiser recebê-lo, é só mandar 3 selos de tarifa básica para Caixa Postal 154, 12900-000 - Bragança Paulista, SP.

Leia um dos testemunhos...

ABENÇOADA

Linda ! Branca, com detalhes rendados no busto. Comprou-a. Pegou o táxi, segurando bem o pacote. Atitude cuidadosa, sinal do quanto se havia encantado com a nova camisola. O trânsito se congestionou. Causa: acúmulo de gente no adro da Igreja de São Judas. Como todo dia 28. Ela, devota, resolveu dispensar o carro e visitar o padroeiro. Chegou no momento em que o padre mandava erguerem os objetos para serem abençoados. Como não portasse nenhum rosário, nenhum livro de orações, suspendeu acima de sua cabeça o pacote com a recém-adquirida roupa íntima. Cânticos e água-benta aspergida consolidaram a oferenda. Feliz com o ato religioso, segurando com mais carinho ainda o pacote, seguiu o caminho de casa. Guardaria a surpresa para a primeira madrugada do ano-novo, dali a três dias. Iria agitar o marido; ficaria como uma dama nobre, no leito conjugal.
O "réveillon" aconteceu, regado a champanhe, na alegria do convívio familiar, na fartura. A madrugada ia adiantada, quando se viram a sós.
Misteriosa, com ares fatais, recomendou a ele que lhe desse um tempo, antes de subir ao dormitório. Banhou-se, perfumou-se e se incorporou à camisola de seduzir.
Quis arejar o ambiente com a brisa da madrugada e abriu a porta da varanda.
Apavorada, viu nela irromper um homem bruto, visivelmente drogado e agressivo. Ameaçava-a com uma faca e exigia dinheiro, jóias, valores.
Trêmula, fez a catança nas gavetas e entregou-lhe. O ladrão descontrolou-se, achando pouco. A zanga materializou-se numa facada feroz no peito da mulher. Sangue! Sangue na alvura do traje de noite. O agressor fugiu tresloucadamente. Ela perdeu os sentidos.
A cena trágica se apresentou ao marido. Amparou-a nos braços, o que a fez voltar à consciência. Um estalido no chão chamou a atenção deles. Era a ponta de uma faca enferrujada e ensangüentada. Não houvera a perfuração no
peito e, sim, o desvio para uma costela que, milagrosamente, agüentou o tranco, sem grandes prejuízos para a integridade física. O traje de pano escorregadio desviara o rumo da faca ! Como uma peça sagrada foi, depois, lavada e recosturada. A camisola portadora de proteção celeste não era só uma veste de dormir. Era, também, abençoada !