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Entrelaços (2002)

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Trovador era o nome dado, na Idade Média, ao compositor musical que fazia versos e os cantava ao som da viola, do alaúde, da flauta e do pandeiro.

Escrevia a letra e a música e, quando não se sentia em condições de cantá-las, incumbia de fazê-lo, um cantor profissional, o jogral ou menestrel, remunerado, de nível social inferior e que não gozava de boa reputação.

Hoje, o termo Trovador restringe-se aos poetas que fazem Trova, isto é, quadras setissilábicas rimadas ABAB e com sentido completo.

* Na França, a partir do século XII, aquele que compunha versos e músicas era chamado de troubadour ou trouvère. Como trouvère se deriva do verbo trouver (= achar), o poeta inventava rimas ou versos, levando-se ainda em conta, o "achado" propriamente dito, o jogo de palavras, as frases de vaivém, enfim, aquele toque mágico e talentoso que valoriza qualquer produção poética.

Na opinião de Carolina Michaelis, culta escritora portuguesa, "trovador" seria o antigo acusativo de trobaire, que quer dizer troba, = inventa, =acha "os conceitos finos e delicados que caracterizam a expressão poética". Teríamos assim: trobaire = achar; trobador = o que acha ou troba e, finalmente, trova.

 

*Extraído do livro "Príncipe da Trova", de Carolina Ramos, magnífica trovadora.

ENTRELAÇOS
​

Entre laços de ternura

que a leitura nos comprova,

dão recados de cultura

os quatro versos da trova.         

Querida

São José dos Campos! Linda!

Há tempos te conheci,

pequena e imatura ainda.

Hoje..., me orgulho de ti!

 

GRATIDÃO
​

Bragança, cidade amiga,

lugar que Deus abençoa,

que minha trova bendiga

tua gente bonita e boa!

 

MEA CULPA
​

A mendiga sai à rua

esmolando por migalha;

é uma flor seca e nua

que a feia miséria orvalha.         

Mesa posta em lar completo,

assim vejo a natureza,

feita por sábio arquiteto

que nos confere riqueza!

 

LEI DE OURO
​

Da humanidade, uma lei

se agiganta entre as demais:

“ao próximo não farei

o que provoca meus ais”.            

Ora mansa, ora revolta,

em equilíbrio ou maluca,

natureza é livre e solta;

ou nos agrada... ou machuca!

Uma vela de luz fraca

num bote solto no mar

em noite escura e opaca,

parece um sol a brilhar.

 

DOAÇÃO

É uma dádiva pequena,

um sorriso mais um pão;

simples oferta terrena

que retorna em profusão.

contato com a escritora pelo WhatsApp 11.99882-0770

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